Megatrends
The most influential Megatrends set to shape the world through 2030, identified by Euromonitor International, help businesses better anticipate market developments and lead change for their industries.
Learn MoreA reguladora brasileira das telecomunicações, Anatel, mostrou sua intenção em aumentar o número de assinaturas de telefonia celular a 1.0 bilhão até 2022, um aumento quatro vezes maior que os níveis de 2011. Enquanto os segmentos com alto potencial de crescimento como máquina a máquina (M2M), poderiam tornar esse objetivo possível, o Brasil terá de criar políticas para atrair os grandes investimentos necessários e, ao mesmo tempo,rever seu regime fiscal nas telecomunicações e reduzir seus níveis de burocracia.
O Mercado de consumo brasileiro para os serviços da Telecom ocupa o nono lugar a nível mundial atingindo 27.9 bilhões de dólares em 2011 O número de assinaturas de telefonia celular atingiu 213 milhões em 2011, e a reguladora brasileira de telecomunicações,Anatel, espera aumentar esse número para 1.0 bilhão até 2022, através novos assinantes e dos crescentes negócios M2M, segundo afirmou em setembro de 2011.
Fonte: Euromonitor International da estatística nacional da União Internacional de Comunicações
Nota: As assinaturas de telefonia celular não incluem conexões máquina-a-máquina (M2M); dados previstos para 2012-2020
As operadoras da Telecom e o setor como um todo está orientado para beneficiar-se dos elevados níveis de penetração da telefonia celular e de consumidores melhor conectados;
No entanto, o cenário de contínuo desenvolvimento das tecnologias da informação e comunicações (ICT) poderia ser retardado pela ineficiente e alta carga tributária aplicada às empresas de telecomunicações do Brasil,bem como pela falta de investimentos públicos e privados em infraestrutura. A baixa renda e a pobreza generalizada também representam um obstáculo para uma maior demanda por serviços de telecomunicações.
As empresas de telecomunicações poderiam beneficiar-se do foco do Estado sobre o setor, além do que a demanda por produtos de telecomunicações teria de subir rapidamente para alcançar a meta da Anatel para 2022:
Aumentar as conexões do cliente é um método mais realista de alcançar o planejado 1,0 bilhão de assinaturas em telefonia celular, embora esse segmento mostre menor potencial de expansão devido à sua maturidade. De acordo às previsões da Euromonitor International, as assinaturas de telefonia móvel (excluindo as conexões M2M) vão aumentar para 252 milhões em 2020, representando uma taxa de 124% de penetração da população;
Conexões M2M – definidas como a comunicação de dados em tempo real- entre máquinas remotas e aplicações de gerenciamento central – têm grande potencial de crescimento no Brasil devido seu incipiente estágio de desenvolvimento. De acordo às estimativas da indústria, as conexões M2M poderiam potencialmente expandir o nível de penetração da telefonia móvel em 500% da população por sua ampla variedade de usos como logística, serviços públicos e de saúde.
No entanto uma expansão de M2M a esse nível implicaria um extraordinário investimento na expansão de Internet de alta velocidade. A Anatel estima que o
investimento deveria alcançar pelo menos 130 bilhões de dólares no período de 2012 – 2022. Isso seria mais ou menos o mesmo investimento feito no setor brasileiro das telecomunicações desde a sua liberalização no fim dos anos 1990 até 2011, o que inclui as pesadas somas pagas na privatização das telecomunicações.
As altas taxas sobre serviços de telecomunicações no Brasil também põem uma barreira para a expansão de segmentos como M2M. De acordo a Global Mobile Tax Review de 2011, publicada pela GSMA, o custo total proporcional de propriedade móvel no Brasil, alcançou os 25.2 % um dos mais altos do mundo. Isso é particularmente doloroso para o segmento M2M devido os geralmente baixos níveis médios de receita por usuário que as conexões M2M comandam.
Fonte: Euromonitor International de GSMA
Nota: O custo total de propriedade móvel inclui custos de despesas com o telefone, conexão,aluguel e uso.
No Brasil. os setores mais promissores para desenvolvimeto de tecnologia M2M são os de transporte e energia, incentivados pelos novos regulamentos estaduais implementados em 2011 nessas áreas. No setor de transporte, o governo vai exigir que todo veículo possua dispositivo de rastreamento anti roubo e no setor de energia, vai procurar implementar sistemas smart grid para medidores de energia.
No entanto, para que esses sistemas sejam bem sucedidos, a expansão da cobertura da rede de telecomunicações para as areas rurais do país é vital. Até o final do primeiro trimestre de 2012, 48.2% das cidades brasileiras ainda não estarão cobertas pela tecnologia 3G, segundo dados fornecidos pela empresa brasileira Teleco, o que tornaria inviável começar a implementar essas iniciativas governamentais até que maiores progressos tenham sido alcançados.
A nível global, o número total de assinaturas de telefonia móvel (incluindo M2M) deve alcançar 9.7 bilhões em 2020, segundo estimativas do Forum UMTS. A fim de se aproximar da meta de 1.0 bilhão de assinaturas em 2022, o Brasil teria de comandar uma quota de aproximadamente 8.0% das assinaturas móveis globais em 2020, dos atuais 3.6% em 2011, com destaque ao maçiço investimento necessário para alcançar esse objetivo.
No Brasil, os leilões para as concessões de espectro 4G LTE começaram em dezembro de 2011 e vão continuar ao longo de 2012. Embora este seja um passo positivo no sentido de melhorar a qualidade da infraestrutura para tecnologias da informação e telecomunicações (ICT)do país, o potencial de crescimento do segmento M2M exigirá redes de infra estrutura desenvolvidas para tecnologias 3G e 4G LTE.
Enquanto as aspirações do governo em chegar a 1.0 bilhão de assinaturas móveis até 2022 são alcançáveis, isso demandaria significativas melhorias em áreas tais como do regime fiscal das telecomunicações e da burocracia para acelerar o processo de implementação da tecnologia.
Incentivos adequados teriam de ser criados a fim de atrair os enormes investimentos necessários para alcançar esse objetivo. No Brasil, o investimento de capital de em telecomunicações atingiu o recorde de 28.2 bilhões de reais em 2011.