Megatrends
The most influential Megatrends set to shape the world through 2030, identified by Euromonitor International, help businesses better anticipate market developments and lead change for their industries.
Learn MoreO cenário econômico negativo exerceu uma forte pressão sobre o varejo brasileiro em 2015 e 2016. Contudo, alguns canais, como o atacarejo, foram favorecidos pelo orçamento limitado dos consumidores.
O atacarejo (‘warehouse clubs’ na denominação da Euromonitor International) cresceu 11% no Brasil em 2017, movimentando R$48,4 bilhões em vendas para o consumidor final, enquanto o varejo alimentar (‘grocery retailers’ na denominação da Euromonitor International) como um todo (que inclui supermercados, hipermercados, lojas especializadas em alimentos/bebidas e lojas de conveniência) apresentou um crescimento de 3,7%. Com esse crescimento, o atacarejo ganhou mais relevância no varejo brasileiro e já representa 5% do total de vendas. Uma vez que os custos de operação tendem a ser mais baixos para os ‘atacarejistas’, eles conseguem oferecer menores preços pelos produtos. Assim, aquelas pessoas que buscavam novas soluções migraram dos super e hipermercados para o atacarejo.
A migração de novos consumidores exigiu um investimento por parte dos atacarejos em melhorias de infraestrutura a fim de fidelizar o consumidor e garantir que ele não retorne aos canais mais tradicionais com a retomada da economia. Apesar da principal base de clientes dos atacarejos ser ainda composta por pequenos estabelecimentos comerciais, esse canal vem investindo na adaptação de suas lojas – incluindo instalação de ar condicionado, luzes LED e oferta de pagamento por meio de cartões próprios – para tornar mais ‘confortável’ a experiência de compra para os consumidores finais que estavam acostumados com os super e hipermercados.
O canal de atacarejos continuará a ganhar relevância nos próximos cinco anos. Projetamos um crescimento médio anual das vendas ao consumidor final de 6% até 2022 (valor deflacionado, com preços constantes de 2017). Mesmo com a recuperação econômica e um retorno gradual da renda do brasileiro aos níveis pré-crise, os consumidores que se adaptaram aos preços mais baixos do atacarejo provavelmente manterão o novo hábito e dificilmente retornarão para os super/hipermercados no curto prazo.
Nota: Dados da Euromonitor International só consideram vendas para consumidores finais (pessoas físicas), excluindo as vendas B2B.